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Já escrevi aqui meu trajeto desde que larguei a farmácia até a aprovação em Medicina. Também tenho um texto escrito quando eu ainda fazia farmácia, contando minha vida na época. Agora, queria descrever a história da minha infância pobre à aprovação em Farmácia na Federal.
Foto da Casa que vive até os 16 anos Preste atenção na janela ao fundo |
Minha mãe estava sozinha, com 3 filhos, sem casa própria e emprego.
A esquerda interior da casa, note a modernidade da estrutura e do sofá A direita entrada da casa, a gente brincava com o cachorro colocando uma sacola de supermercado nos buracos que a casa tinha |
Felizmente, em pouco tempo, ela conseguiu um emprego em um mercado da minha rua. Fazia de tudo, era caixa, repositora de loja, faxineira e qualquer coisa que precisasse.
Interior da Mansão, tinha até um fogão a lenha no fundo |
Assim que meu pai foi embora, reprovei na 1° série do fundamental - minha mãe não tinha tempo para ficar em cima de mim, e eu era um merdinha. Dessa forma, bola de neve só foi aumentando.
Na adolescência, fui um completo idiota. Adolescente revoltado, amigos vagabundos drogados (assim como eu), gazeando aula e se sentido o poderoso. Minha mãe, tentava de tudo para me por na linha, mas eu era retardado. Quando chegou o ensino médio, comecei a trabalhar como bolsista na biblioteca da escola, meu primeiro emprego remunerado - esse dinheiro pagava a passagem do ônibus, pelo menos fiz algo útil com uma parte dessa grana. Fiquei na biblioteca até me formar. Como não estudei direito durante toda minha vida, quando acabei o ensino médio não passei no vestibular - pobre fudido, ou faz universidade pública ou não faz nada. A única saída era um emprego subalterno para sobreviver e pré-vestibular. Virei repositor de supermercado. Fazia pré-vestibular das 8:00h às 12:00h e trabalhava das 13:00h às 22:00h - pensa numa vida de merda, mas eu precisava de um choque. Foi nesse ano que eu acordei para vida. Essa frase na minha história faz todo sentido. Quando cheguei no supermercado, me deparei com as pessoas mais pobres que eu já havia visto (imigrantes do norte do país, moro no sul) e percebi que, se eu não mudasse o rumo da minha vida, eu seria um deles. Foi nesse ano que minha personalidade começo a amadurecer.
Veio o vestibular....não passei - é impossível alguém reverter toda merda que fez em uma vida em 1 ano, acho que ainda hoje não reverti.
Então fui para o segundo ano de cursinho, porém troquei de emprego. Virei comprador de ônibus. Profissão que me deixava estudar durante o emprego. Na metade do ano fui aprovado em Química no Instituto Federal (período noturno).
Olha o que eu fazia: começa no ônibus as 5:00h, saía as 9:00h; ia para o pré-vestibular e fica lá até as 17:00h, depois seguia para a faculdade. Dormia depois da meia noite.
Até que chegou o vestibular e finalmente passei para farmácia na federal. E esse é o resumo da minha história.
Como eu havia dito, da farmácia à medicina eu contei no outro poste.
Um abraço a Todos!
Veio o vestibular....não passei - é impossível alguém reverter toda merda que fez em uma vida em 1 ano, acho que ainda hoje não reverti.
Então fui para o segundo ano de cursinho, porém troquei de emprego. Virei comprador de ônibus. Profissão que me deixava estudar durante o emprego. Na metade do ano fui aprovado em Química no Instituto Federal (período noturno).
Olha o que eu fazia: começa no ônibus as 5:00h, saía as 9:00h; ia para o pré-vestibular e fica lá até as 17:00h, depois seguia para a faculdade. Dormia depois da meia noite.
Até que chegou o vestibular e finalmente passei para farmácia na federal. E esse é o resumo da minha história.
Como eu havia dito, da farmácia à medicina eu contei no outro poste.
Um abraço a Todos!